Estimular o crescimento dos pelos das sobrancelhas não basta fazer microagulhamento e aplicar ativos.
É preciso conhecer sobre a fisiologia dos pelos. E um dos pontos do funcionamento das sobrancelhas é o seu ciclo de crescimento.
O folículo piloso funciona de forma cíclica e é dividido em 5 fases: 3 principais (anágena, catágena e telógena) e 2 intermediárias (exógena e quenógena).
O tempo de duração do ciclo é geneticamente determinado e geralmente não sofre alterações, a menos que haja alguma patologia, disfunção ou estímulo externo. O crescimento é randômico, isto é, aleatório, o que significa que há pelos em todas as fases do ciclo capilar, simultaneamente.
Quanto ao tempo de duração do ciclo de crescimento especificamente das sobrancelhas, ainda não há consenso na literatura, mas estima-se que tenha uma duração de 3 a 4 meses, podendo se estender até 6 meses.
A fase anágena é o período de crescimento ativo. Nessa fase, ocorre uma intensa atividade mitótica, com cerca de 82% a 88% dos pelos das sobrancelhas se encontrando nela.
A fase seguinte é a catágena é a fase do término da produção do fio. Esta fase é breve, estima-se que dure cerca de 2 semanas. Apenas 2 a 3% dos fios estão nessa fase.
A terceira fase é a telógena o ciclo de crescimento completo já foi concluído. Aproximadamente 10 a 15% dos fios estão nesta fase, o que explica a queda diária normal. Para as sobrancelhas, estima-se que dure entre 4 a 8 semanas.
A quarta fase é a exógena, para alguns autores, é considerada parte da fase telógena, tratando-se da queda efetiva do pelo que se desprendeu do folículo.
A quinta e última fase, quenógena é menos conhecida e representa o período de latência antes do início de um novo ciclo de crescimento.
O ciclo do folículo piloso é altamente dinâmico e sensível, podendo responder a diversos estímulos como alterações hormonais, deficiências nutricionais, intoxicações, infecções, doenças metabólicas, doenças autoimunes, uso ou interrupção de certos medicamentos, entre outros.
Desordens no ciclo capilar podem levar a diferentes formas de queda de pelos. Portanto, é essencial saber identificar as causas para proporcionar o tratamento adequado à paciente, de acordo com o tipo de disfunção apresentada.
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Bárbara Figueiredo - Especialista em embelezamento com naturalidade, educadora e graduanda em Biomedicina.
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